Marrocos: o caminho do paraíso

Carolina Duarte de Jesus, traduzido por Maria Alejandra Paixão
24 Aout 2015


Agadir, cidade do litoral do Marrocos, é muito industrial e turística. Eu não esperava poder nela descobrir um lado cultural e histórico do país. Ora, só precisamos afastar-nos um pouco do centro para encontrar paisagens magníficas.


Pôr do sol em Agadir - Crédito Carolina Duarte de Jesus
Durante a minha estadia, muitos marroquinos me perguntaram se eu já tinha ido ao paraíso. Eu ria, ao pensar que só era uma expressão para vangloriar um lugar. Porém, alguém me explicou que tratava-se do nome de um vale, situado a 40 quilômetros do centro da cidade. Depois de ver algumas fotos do lugar, fiquei convencida: tinha de ir.

O interior do Marrocos

No Marrocos, como em qualquer outro país no qual somos turistas, temos de ter cuidado de não ser enganados. Por outro lado, também há pessoas muito mais gentis do que em certos países europeus. Assim foi como, com outros turistas, eu pude dividir um taxi que quis servir-nos como guia turístico e nos levou às terras ao envés do litoral, explicando-nos todo tipo de coisas e parando em lugares propícios para que pudéssemos bater fotos. Foi assim como, às 10 horas da manhã, fomos embora na sua Mercedes dos anos 70, o contador com cerca de 900 000 quilômetros.

Para começar, passamos por uma aldeia. Muitas das aldeias ao redor de Agadir estão pintadas de laranja ou rosa. É outro mundo. Nas ruas podiam ver-se vans, com as portas de trás abertas e vendendo bananas. De longe, era tudo parecido: as entradas dos apartamentos, os restaurantes, os bancos, etc... Não havia muitas diferenças marcantes.
Foto da aldeia – Crédito Axelle Kopka

Depois de sair desta aldeia, mergulhamos rapidamente na natureza. É um tipo de paisagem impressionante de se olhar: deserto e árvores, muito secas mas igualmente viva. Ao longo da estrada, havia muitas argânias. O comércio da argânia têm um lugar muito importante no Marrocos, especialmente em Agadir: fabricam-se loções, cremes ou remédios naturais. Estas árvores não pertencem ao setor privado. São públicas e todo mundo pode aproveitá-las. Isto quer dizer que todo mundo pode fabricar seus próprios produtos e vendê-los.
Vista ao sair da aldeia. Começo do interior do país – Crédito Carolina Duarte de Jesus

Argânia à beira da estrada – Crédito Carolina Duarte de Jesus
Ao ir em direção ao interior, as paisagens cortavam-nos o fôlego. Para começar, paramos num lugar aonde podia admirar-se uma vista à cadeia montanhosa do Atlas. Mais tarde, pudemos observar alguns oásis.

Vista da cadeia de montanhas do Atlas - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Vista sobre um oásis - Crédito Carolina Duarte de Jesus
Ao longo do caminho, passamos á frente de vários comerciantes isolados.

Vista da cadeia de montanhas do Atlas e do final dos oásis - Crédito Carolina Duarte de Jesus
Nosso trajeto de carro praticável chegou ao seu fim, já que o resto do caminho deveria ser feito a pé. Antes de começar, uma pequena lanchonete vendia água e suco de laranja fresco. Ao longo do caminho, veríamos outros.

Vendedores de objetos turísticos - Crédito Carolina Duarte de Jesus
Ao longo do caminho, passamos á frente de vários comerciantes isolados.

Formação de rochas - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Vendedor de sumos de laranja - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Terraço na água - Crédito Carolina Duarte de Jesus
Nosso trajeto de carro praticável chegou ao seu fim, já que o resto do caminho deveria ser feito a pé. Antes de começar, uma pequena lanchonete vendia água e suco de laranja fresco. Ao longo do caminho, veríamos outros.

Excursão ao coração do vale

A caminhada durou entre 20 e 30 minutos. Tivemos que andar sobre a terra, pedras e até escalar algumas rochas. O motorista de taxi, sempre tão gentil, guiou e ajudou-nos nas partes mais difíceis. Evidentemente, ele estava acostumado ao caminho.
Caminho de terra - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Caminho de pedra - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Caminho de pedras - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Caminho de sacos - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Alguns peixes - Crédito Carolina Duarte de Jesus

A chegada ao paraíso

Depois de um trajeto cansativo, chegamos à nossa destinação. Merecemos o paraíso.
Vale do Paraíso - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Vale do Paraíso - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Vale do Paraíso - Crédito Carolina Duarte de Jesus

Vale do Paraíso - Crédito Carolina Duarte de Jesus